Primeiro Robô Industrial
Unimate foi o primeiro robô industrial desenvolvido e instalado em uma fábrica, foi desenvolvido durante a década de 1950. Em 1961 no mesmo ano que sua patente foi concedida as primeiras unidades produzidas já estavam sendo instaladas em fábricas do setor automotivo. Seu inventor era o estadunidense George Devol que ficou conhecido mundialmente como o Avó da Robótica. Dado o sucesso dessa nova tecnologia foi criada no ano de 1962 a empresa Unimation Corp para continuar com as pesquisas e produzir os robôs, considerada a primeira empresa de robótica do mundo, nos anos de 1980 a empresa foi comprada pela Westinghouse e depois em 1988 pela Stäubli.
Automatizar os processos e substituir por robôs as etapas de fabricação que são prejudiciais aos seres humanos, esse era o objetivo. No ano de 1959 o protótipo do Unimate foi instalado pela primeira vez em uma linha de montagem no qual a sua atividade era auxiliar nos processos de fundição da General Motors, na cidade de Trenton, Nova Jersey. Após os primeiros testes rapidamente foram produzidas 450 unidades para já serem instaladas nas fábricas da empresa para exercerem os trabalhos de fundição, na época cada unidade custava 25.000 dólares e pesava 1.814 kg.
Como funcionava o Unimate?
Sua estrutura era feita de um braço hidráulico com uma ponta que seria a mão, capaz de pegar e manusear alguns objetos, em muitas apresentações e em eventos o robô Unimate servia café ou alguma bebida e até mesmo preparava uma torrada com manteiga, de forma totalmente autônoma.
Seu braço robótico funcionava por meio de atuadores hidráulicos e utilizava a tecnologia de Memória de Tambor Magnético que media cerca de 30 polegadas, onde todas as tarefas sistemáticas eram instaladas e programadas para o funcionamento do robô, era capaz de armazenar até 200 comandos que eram procedimentos já definidos, sem qualquer tipo de inteligência artificial.
O Unimate exercia atividades que eram categorizadas como monótonas e perigosas, transporte de peças fundidas e soldar as peças nas carrocerias dos automóveis. Essa nova aplicação deu início a uma revolução dentro da indústria, no qual vemos até hoje, uma tecnologia que até então era vista apenas em filmes de ficção científica.
Não era necessário programar o Unimate, utilizando alguns botões de gravação e repetição que existe no seu painel era possível ensinar o robô, arrastando para os locais desejados e configurando qual ação fazer e oque fazer depois, tudo de forma prática e rápida, em alguns casos apenas 30 minutos já era o necessário para configurar o passo a passo da produção. No site da fundação Henry Ford é possível visualizar fotos de diversos ângulos e de todos os dispositivos do Unimate.
Expansão comercial
No ano de 1966 com o objetivo de angariar mais clientes ao redor do mundo foram feitos alguns acordos com empresas de outros países, outras empresas agora poderiam produzir o robô de forma licenciada, a Finlandesa Nokia foi a primeira e começou a fabricar os robôs na Escandinávia e na Europa Oriental. Já em 1969 após uma reunião com 400 executivos japoneses na cidade de Tóquio uma nova parceria foi feita, agora com a empresa Kawasaki Heavy Industries (Atualmente se chama Kawasaki Robotics) para a fabricação e comercialização do Unimate no continente asiático.
A General Motors se tornou pioneira na adoção de sistemas robóticos, se tornando a empresa mais automatizada no mundo, no ano de 1969 decidiram reconstruir e adaptar a fábrica de Lordstown, Ohio, adicionando nos processos diversas unidades do robô Unimate configurados para exercerem o trabalho de soldagem. A velocidade de produção chegou a patamares nunca vistos até então, mais que o dobro de qualquer outra fábrica automotiva que existia na época, 110 carros por hora, revolucionando a indústria automotiva. Em questão de pouco tempo outras empresas conhecidas mundialmente também seguiram o exemplo, Volvo, BMW, Mercedes Benz, Fiat e British Leyland passaram a utilizar os sistemas Unimate para a automatização da produção.